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domingo, 28 de agosto de 2011

CONLAPSA - Trabalho: "O falo, a comédia e o semblante na relação sexual"



CONLAPSA - VII Simpósio do Praograma de Pós-Graduação em Psicanálise da UERJ

Trabalho: "O falo, a comédia e o semblante na relação sexual"

Autoras: Flavia Bonfim e Ana Costa (professora da UERJ) 

Resumo:

Levando em consideração o testemunho na clínica do mal-estar que permeia os encontros amorosos, temos como proposta discutir o lugar do falo enquanto um terceiro termo que faz funcionar e põe obstáculo à relação sexual. Para tanto, nos apoiaremos nas formulações de Lacan a respeito do falo e sua relação com o cômico e o semblante na relação entre os sexos, tomando como referência o Escrito “A significação do falo”, o Seminário 5 e o Seminário 18 – evocando, assim, diferentes momentos do ensino lacaniano no qual esta temática perpassa. Lacan chama atenção para o fato de que o sujeito frente à abolição do instinto (pré-determinante do comportamento macho ou fêmea) tem como recurso servir-se de manifestações típicas ou idealizadas da posição de cada sexo – um parecer homem ou mulher, que acabam por desembocar no risível dado o descompasso na relação entre os sexos.  Fazer referência ao cômico, contudo, não é ignorar o profundo drama, e muitas vezes a tragédia, que permeia certas relações humanas. Nesse sentido, Lacan nos lembra que o cômico não deixa de estar ligada à tragédia, visto que existe o tragicômico e na medida em que na antiguidade uma comédia sempre completava uma trilogia trágica. Se o encontro entre o sexos têm algo de risível, é porque identificamos a posição particular do homem e da mulher em lidar com o impossível da relação sexual, no qual o falo se inscreve como único significante estruturador da sexualidade. Diante deste impossível, temos o semblante como um efeito quer no plano da imagem, quer no plano do significante, que busca dar conta do real – enquanto o que resiste no sexual – visto que não podemos nomeá-lo.  O semblante tenta articular um sentido, uma aparência, ali onde não há sentido, onde é puro real. Precisamente, podemos dizer que o semblante é da ordem da tentativa de encontrar recursos para lidar com o lado insuportável da disjunção entre homens e mulheres, com o lado insuportável da ausência de relação sexual, no qual o amor se inscreve como suplência.

Palavras-chaves: Falo. Comédia. Semblante. Relação sexual. Real.

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