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terça-feira, 19 de julho de 2011

"Psicanálise e Reabilitação Física" - Trabalho da "5 Mostra Regional de Práticas em Psicologia"

Nesta sexta-feira, dia 22 de julho, as 17 horas (mesa 4) estarei apresentando um trabalho na "5 Mostra Regional de práticas em Psicologia" sobre minha experiência em instituição de reabilitação. Quem estiver por lá, fica o convite!

Abaixo, segue o Título e o resumo da apresentação. 








Psicanálise e Reabilitação Física:
considerações sobre a especificidade de uma prática institucional.


Resumo:

Este ensaio é fruto da experiência de trabalho desenvolvido na Associação Fluminense de Reabilitação (AFR) e se insere na tentativa de articular Psicanálise e Reabilitação Física, de modo a apresentar considerações sobre a especificidade desta prática institucional. A proposta de trabalho no campo da reabilitação é realizada por meio de equipe multidisciplinar e baseia-se em um modelo adaptativo, tendo como objetivo propiciar que a pessoa com deficiência “compreenda e aceite” sua limitação e adquira “comportamentos” necessários para sua integração na sociedade – muitas vezes sem abrir espaço para a particularidade do sujeito, pois trata da mesma forma e possui as mesmas expectativas de respostas em todos os casos.   Tendo em vista que cada sujeito tem uma relação subjetiva própria com seu corpo, logo, reage e lida de maneira particular com o adoecimento, a psicanálise se insere na tentativa de conferir uma escuta e uma forma de abordar o paciente balizada pela ética psicanalítica que não olha o doente, mas o sujeito, o particular. Podemos apontar que o trabalho analítico mostra-se como um convite para que sujeito formule uma questão que vá além de sua patologia e isso implica em um esboço de subjetivação a respeito da enfermidade que lhe acomete. A escuta destinada a esses pacientes leva em consideração que o comprometimento do corpo se apresenta para o sujeito como uma perda de objeto e como conseqüência não é difícil constatar reações psíquicas que vão do luto à depressão. Nesse sentido, a função do psicólogo neste campo acaba tendo em seu horizonte o favorecimento do processo de elaboração das perdas, além de produzir deslocamentos sobre um possível congelamento e restrição da identidade do sujeito aos significantes “doente”, “deficiente” – indo, portanto, na contramão de uma prática normatizadora.

Palavras-chaves: Psicanálise. Reabilitação física. Instituição. Luto.

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